Zezinho

ZEZINHO
(atacante)

Nome completo: José Conceição Costa
Data de nascimento: 13/9/1974
Local: Macaúbas (BA)

CARREIRA:
1994
Vitória
1995
Rio Branco-SP
1996
Veranópolis
1996
Rio Branco-SP
1997
Caldense
1997
Toulouse-FRA
1998
Madureira
1998
América-RN
1999
Vasco
1999
Internacional
2000
Vasco
2000
Náutico
2001
Portuguesa
2001-2002
Ceará
2002-2003
Beira-Mar-POR
2004
Ceará
2004
Atlético-MG
2005
América-RN
2006
Cascavel
2006
ASA-AL
2007
PetrolinaPE
2007
Cratéus-CE
2007
4 de Julho-PI
2008
Boa Viagem-CE
2008
River-PI
2009
Tiradentes-PI
2009
Picos-PI
2009
Nova Russas-CE
2010-2011
Cratéus-CE

Quando Zezinho abria a boca, sempre soava arrogante. Mas em suas atitudes, o atacante tinha humildade exemplar. Quando adolescente, Zezinho trabalhava em uma empresa de granito e mármore, mas a lei o impediu de seguir trabalhando. O futebol, até então um hobby, se tornou uma alternativa para driblar as dificuldades.

Apadrinhado pelo prefeito de Macaúbas, Zezinho foi levado às categorias de base do Flamengo no início dos anos 90. Retornou à Bahia em 1992 e se profissionalizou no Vitória em 94. No Rio Branco de Americana começou a alçar os primeiros vôos da carreira, marcando gols e ganhando destaque.

Depois de passar pela Caldense, Zezinho ficou meio ano no Toulouse. Com problemas de adaptação, retornou ao Brasil. Defendeu Madureira, América de Natal e Vasco, onde marcou um dos gols da decisão do Torneio Rio-São Paulo, driblando o goleiro Zetti, no jogo de ida.

Zezinho veio para o Internacional em setembro de 99, e às vésperas de um Gre-Nal válido pelo Campeonato Brasileiro, já chegou botando lenha na fogueira fora das quatro linhas. O Internacional foi derrotado e o atacante deixou o gramado do Olímpico vaiado por ambas as torcidas. Walmir Louruz insistia em apostar no atacante, mas foi demitido e a insistência de nada valeu. Com Émerson Leão, Celso retomou a titularidade absoluta e Zezinho ficou na reserva até o final do ano.


Retornou ao Vasco e, a partir de então, se aventurou por Portugal e pelo nordeste no Brasil, especificamente por Piauí e Ceará. Encerrou a carreira no Cratéus, em 2011. Zezinho pendurou as chuteiras, mas tem uma escolinha de futebol na sua cidade natal, Macaúbas, na Bahia. Durante sua passagem por Porto Alegre, o atacante fazia doações a instituições de caridade, além de distribuir cestas básicas em Macaúbas. 

Internacional 1 x 0 Grêmio (Campeonato Gaúcho 1997)

Os anos 90 foram difíceis para o torcedor colorado. Víamos o co-irmão se erguendo e se posicionando entre os grandes. Enquanto isso, e Internacional era vitimado por péssimas administrações que afligiam o torcedor ano a ano. Depois do título estadual de 1994 (o famoso "interminável"), vivemos dois anos insossos, sem sequer passar à próxima fase do Campeonato Brasileiro.

Em 1995, vice-campeão estadual e a vaga às semifinais do Brasileirão escapou no primeiro turno, em uma derrota bisonha para a Portuguesa em casa, com direito a pênalti desperdiçado por Branco. No ano seguinte, ficamos de fora da decisão do Gauchão e, mais uma vez, eliminação na última rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro, com a famosa derrota para o rebaixado Bragantino e, mais uma vez, com pênalti desperdiçado, dessa vez por Leandro Machado.

O torcedor colorado estava cansado de sofrer. Era foda vestir a camisa vermelha naquele tempo... Mas Deus guardou algo de bom para a coloradagem que enfrentava a friaca da beira do Guaíba ou o calorão dos meses de dezembro a março. O povão sempre esteve presente, jamais abandonou. Esteve junto com cânticos apaixonados.

1997 foi um ano para nenhum colorado esquecer. Está certo que o maior título do Internacional na década foi a Copa do Brasil, mas nós sabíamos o quanto valia aquele Gre-Nal. No jogo de ida, 1 a 1 no Olímpico, com gols de Christian e Vágner Fernandes.

Na semana do clássico, uma jogada de mestre: Fabiano simula uma contusão e a imprensa vai na onda. Porém, o predestinado Fabiano aparece nos onze iniciais. E quem deciciu? O nosso amado cachaceiro. Depois de um lançamento primoroso de Enciso, improvisado na lateral, o camisa 7 lança um canudo na meta de Danrlei e a vitória dava o caneco para o Internacional.

Aqueles dois anos duraram uma eternidade para o torcedor. Eu ainda tenho na memória a imagem do gol do Fabiano de trás da goleira, junto com a narração de Pedro Ernesto Denardin... Hoje eu olho para o time do Internacional e não vejo nem 10% da determinação daquele time. Recordar é bom sempre, mas fica um sentimento de tristeza por ver o Internacional nessa situação.

Fiquem com o jogo completo (salve Master Colorado!) e suspirem de nostalgia:


CAMPEONATO GAÚCHO 1997 - FINAL - VOLTA - INTERNACIONAL 1 X 0 GRÊMIO
Data: 2/7/1997
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Juiz: Carlos Eugênio Simon
Gol: Fabiano 4'/2 (I).
INTERNACIONAL: André; Enciso, Márcio Dias, Gamarra e Régis; Ânderson Luiz, Fernando, Arílson e Sandoval; Christian e Fabiano. Técnico: Celso Roth.
GRÊMIO: Danrlei; Arce, Vágner Fernandes, Mauro Galvão e Roger; Otacílio, Luiz Carlos Goiano, Émerson e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Zé Alcino. Técnico: Evaristo Macedo.